“A política externa do Barão do Rio Branco (1903-1912), orientada pela
aceitação tácita da Doutrina Monroe e do corolário que o presidente
Theodore Roosevelt lhe aplicou, para uma aliança tácita com o Estados
Unidos, refletiu uma situação em que o Brasil dependia em cerca de 60%
a 70% das exportações de café e estas, em igual proporção, do mercado
norte-americano. Naquelas circunstâncias, constituiu igualmente um meio
de enfrentar as pressões financeiras da Grã-Bretanha, tradicional credor
da nação, bem como as ameaças da Argentina, coligada eventualmente
com outros países do continente.”
(BANDEIRA, Moniz. Brasil-Estados Unidos: A rivalidade emergente.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; 1989. p.25-26)
Sobre a política externa brasileira e norte americana do início do século XX,
é correto afirmar que
a) os EUA aplicam uma política de continuidade da Doutrina Monroe
aproximando-se dos países sul-americanos com a Política da Boa Vizinhança.
O Brasil alia-se aos EUA para evitar a influência econômica britânica e a
ameaça territorial da Argentina.
b) o Brasil aproxima-se dos EUA, pois tenta neutralizar a influência das
potências europeias no continente sul-americano. Os EUA, a partir
do corolário Roosevelt, iniciam série de intervenções em países latino
americanos, como é o caso de Cuba e Nicarágua.
c) o Brasil integra o núcleo de países aliados aos EUA com o desejo de criar
uma zona de influência brasileira na América do Sul. Os EUA aplicam sua
política externa baseada no Big Stick exclusivamente nas ilhas do Caribe,
em especial Cuba e Haiti.
d) os EUA desenvolvem uma política externa imperialista visando ao controle
territorial e econômico de regiões latino americanas. O Brasil apoia a política
norte americana, pois almejava uma parte dos territórios que entrariam para
o controle estadunidense.
e) o Brasil e os EUA mantiveram relações de proximidade e auxílio; pois,
segundo o programa norte americano Aliança para o Progresso, era
importante buscar o apoio político e econômico dos países sul americanos
para o crescimento mútuo das nações.